sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Emanuel


“Tudo isso se aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel’, que significa ‘Deus conosco’”. Mateus 1: 22 e 23.

            O nascimento do Filho de Deus entre os homens já era algo há muito anunciado. Desde o livro de Gênesis até o último profeta antes de João Batista existem relatos de profecias anunciando o nascimento do Deus onipotente para restaurar e salvar a humanidade pecadora. Existem profecias em diversos sentidos: dizendo que ele viria da descendência de Judá (Gn. 49: 8 a 12); que seu nascimento seria na pequena Belém (Mq. 5: 2); que nasceria de uma virgem (Is. 7: 14); que seria rejeitado, desprezado e humilhado pelos homens (Is. 53); que ele levaria boas novas aos pobres e anunciaria liberdade aos cativos (Is. 61: 1 a 3); que purificaria o templo (Zc. 14: 21); e muitas outras. Essas profecias apontavam para a vinda do Messias que iria inaugurar o Reino de Deus e traria a humanidade de volta para perto de Deus.
            Quando Jesus nasce na região da Judéia (mais especificamente na cidade de Belém), inicia seu ministério passando pelas regiões da Galileia, Nazaré, Jerusalém, Zebulom e Naftali, anuncia a mensagem de salvação, arrependimento e amor, e faz sinais e milagres no meio do povo, aqueles que o acompanharam passaram a ler as antigas profecias de outra maneira. Materializa-se a expectativa do Emanuel; do Deus presente, Deus conosco. O Verbo se encarna e habita entre seu povo; e assim se pôde ver a glória do Unigênito de Deus. As antigas profecias passam a ter um novo teor: de palavras abstratas (mas não irreais), elas se tornam a Palavra encarnada. Aquele Filho de Deus anunciado pelos profetas tem, agora, um nome próprio, nome de homem: Jesus. E é nele que os discípulos e apóstolos passam a ver a concretização de todas aquelas profecias antigas.
            O apóstolo João, que andou com Jesus e viu de perto seus sinais e milagres, numa carta dirigida à igreja de Éfeso, escreveu: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam – isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada” (1 Jo. 1: 1 e 2). João, mesmo depois de muitos anos daquelas experiências com Jesus, estava impressionado com a encarnação. Era a maior manifestação de amor que poderia ter existido: um Deus todo poderoso, que existia antes de haver tempo, deliberadamente se rebaixar á condição humana, ficar limitado a um corpo humano e viver de acordo com o tempo dos homens. O Deus distante se tornar o Deus presente e se deixar ser visto, ouvido e tocado. O Deus onipotente abrir mão do exercício de sua onipotência (como escreveu o pastor Ed René Kivitz) e se tornar semelhante aos homens e, vivendo entre os homens, assumir a posição de um servo que, mesmo sabendo que todas as coisas estavam debaixo do seu poder, pega uma toalha e lava os pés dos seus discípulos (Jo. 13: 1 a 5). É isso que deixa João espantado até a época de sua velhice: a ação de um Deus que, movido por um amor “irresistível” pela humanidade, escolhe viver entre os homens e mulheres e morrer pelos pecadores.
            Quanto mais eu leio o Novo Testamento, mais eu tenho convicção de que o Emanuel é a maior demonstração de amor possível; e também mais eu fico constrangido com esse mesmo amor. À medida que o Natal se aproxima, devemos evocar na nossa memória essa imagem do Emanuel, o Deus que se rebaixa e habita entre os homens; mesmo apesar de todo o apelo comercial, televisivo e das “obrigações fraternais”. Devemos louvar e glorificar o Jesus que, mesmo sendo Deus, não se apegou à sua qualidade divina, mas se esvaziou tornando-se semelhantes aos homens (Fp. 2: 5 a 8).

domingo, 16 de outubro de 2011

Começando os trabalhos.

Esse é o meu blog. Aqui eu vou escrever o que eu penso sobre vários assuntos. Provavelmente vão aparecer coisas sobre cristianismo, religião, história, música e futebol. Não que eu ache que o que penso seja relevante, mas penso que escrever ajuda a sistematizar o pensamento, organizar aquilo que está bagunçado, dar uma ordem ao caos de ideias. Colocar aquilo que você pensa para debate também é bom para essa ordenação do pensamento, pois dá espaço para a manifestação das opiniões divergentes...e, como a premissa para o debate é a publicidade das ideias, nada melhor do que colocá-las internet! Portanto, procuro por leitores que interajam comigo, me ajudem a organizar o que penso. Desde já agradeço a compreensão e a leitura dos futuros posts. Obrigado!